quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

O amor por minha sogra. Letra de musica.



O amor por minha sogra.

Letra de musica.

Pagode.

Autoria: Marco Casagrande.

Registrada.


Refrão

Quero que você tire disfarce de cobra.

Engula o veneno que tanto te incomoda.

Não me chame de vagabundo, vagabundo é uma ova.

Já fui ao cemitério encomendei sua cova.

Só pra demostra o amor que tenho por você, minha sogra!



Eu peguei meu patuá, coloquei no pé da santa.

Para ela abençoar, pois a praga em mim tanta.

Faço minhas orações, e rezo todo santo dia.

Dez pais nossos e credo em cruz, e umas vinte Ave Maria.

Para ele me esquecer, e as pragas não pegar.

Ai meu Deus se ela morrer, minha promessa eu vou  pagar.

Vou de joelhos Minas a Bahia, subo orando a ladeira do pelor.
Fico sem comer de noite e dia, leve essa praga por favor.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Brazé o destino de um brasileiro. Sétima parte.



Brazé o destino de um brasileiro.
‘O Brasil do jeito que realmente é!’
Autoria: Marco Casagrande.
Sétima parte.

E antes que os raios de sol começaram a surgir no amanhecer, brazé já estava de pé; Preparando um ensopado de cenoura e mel no bule de café.
E no fogão a lenha a chama estava baixa mais com muita brasa; Brazé mexia sem parar enquanto sua imaginação criava asas.
Sabia que a única maneira era fazer amizade com o cavalo trovão; E com um ensopado de mel e cenoura certamente ele iria comer na sua mão.
Então chegou a hora do seu plano ele praticar; Foi á baía onde trovão costumava a ficar.
E foi chegando de mansinho com ensopado na mão para deixar o cavalo
cheirar; Na certeza que quando  sentisse o cheiro o cavalo iria provar.
Mais trovão era arisco e não era fácil a sua lida; E por todas redondezas sua fama era conhecida.
Não deu muito certo no primeiro dia o plano de Brazé; Mais mesmo assim ele não perdia a sua fé.
Resolveu deixar o ensopado que tinha feito misturado no meio do trato; Pois sabia que time que tem tática é quem ganha campeonato.
No segundo dia mais cedo ele levantou; Fez bastante ensopado e bastante mel ele colocou.
Então foi chegando na baía e notou a diferença; Trovão estava mais calma ao sentir sua presença.
Brazé aos poucos aproximava e devagar estendia a sua mão; E quando menos esperava ali estava ele alimentando o cavalo Trovão.
Todo dia brazé repetia a cena sempre na mesma esperança; De fazer amizade com Trovão e ganhar a sua confiança.
Até que chegou o dia de da baía o cavalo soltar; Para saber qual era a reação que trovão iria tomar.
Nesta hora bateu um frio quando a porta ele abriu; E trovão foi vagarosamente dando passos até que da baía ele saiu.
Então Brazé sentiu mais confiança; Sabia que o plano estava certo e não perdia a esperança.
Dias e dias se passavam e aquela luta já estava se tornando uma história; Mais Brazé não faltava de seus compromissos na fazenda e na escola.
Certa manhã Brazé acordou mais confiante; Sabendo que trovão não era o cavalo arisco como era antes.
Então resolveu neste dia Trovão selar; Estava decidido que tinha chegado a hora no trovão montar.
Fez tudo com muito cuidado adoçando com seu ensopado o cavalo Trovão; Colocou a sela e no freio colocou um pouco da sua porção.
Brazé respirou fundo e montou em trovão de olhos fechados; Esperando um grande salto e que no chão fosse jogado.
Mais trovão somente teve uma pequena reação quando Brazé foi montar; Neste instante que nada sentiu Brazé começou a gritar.
Hiupe, hipue, hiupe eu consegui, eu consegui; Saiu montado em trovão acordando todos da fazenda que ainda estava a dormir.
Foi logo batendo na porta de seu padrinho João; Querendo abraçar aquele tão sonhado premio que era o seu violão.

Brazé o destino de um brasileiro. Sexta parte.



Brazé o destino de um brasileiro.
‘O Brasil do jeito que realmente é!’
Autoria Marco Casagrande.
Sexta parte.

Logo chegou a idade de Brazé ir para escola; E no primeiro dia de aula ele conheceu a sua professora que tinha como hábito levar pra sala uma viola.
A professora dedilhava tal instrumento com ternura e magia; No encante das notas recitava versos e poesias.
Podia ver nos olhos da criançada o brilho e emoção; De tão lindo os poemas e versos de todos os alunos a professora prendia a atenção.
Brazé encantou-se pelo primeiro dia de aula e ao seu pai foi logo contar; Fazia todo a sua tarefa na fazenda, pois da aula não queria faltar.
Disse ao pai que havia descoberto outra nova paixão; Que além dos animais e de seu estimando cavalo remanso também queria aprender a tocar viola e violão.
Que iria ser cantor de moda sertaneja e violeiro dos bão; E por onde passasse por este Brasil com sua comitiva o sua viola iria fazer tremer o chão.
Seu Joca ouvia tudo ao lado seu João patrono patrão; Que ria da maneira de ver Brazé falar com muita devoção.
Então seu João com Brazé fez uma aposta e deixou tudo acertado; Que se ele domasse trovão o cavalo mais bravo da fazenda e o seu presente já estava guardado.
Uma viola que era de seu avô Tonho que na região era o maior violeiro; Que tinha dado para seu pai e que ele acabou sendo herdeiro.
Viola que com ele estava guardada há anos com muito amor e carinho; Árvore que seu bisavô derrubou, e dela tirou o melhor do pinho.
Também utilizou para o fundo, as laterais e cavalete o jacarandá; Que som melhor do que aquela viola certamente não há.
Brazé ouvia tudo aquilo com muita atenção; E já pensava na melhor maneira de tentar domar o cavalo trovão.

Brazé o destino de um brasileiro. Quinta parte.



Brazé o destino de um brasileiro.
‘O Brasil do jeito que realmente é!’
Autoria: Marco Casagrande.
Quinta parte.
Depois de todas as coisas em seu lugar veio um novo amanhecer; O dia nasceu com um novo brilho nos olhos de felicidade de seu Joca e Dona Nilha  que era fácil de se ver.
A alegria de ver seu rebento alimentado e aquele sorriso doce que tem uma criança; Fez ver que a sua vida e de sua família daquele dia em diante seria cheia de esperanças.
As forças de seu Joca brotavam como uma fonte nova; e Dona Nilha era só dedicação com seu João e sua esposa Dona Dorva.
Brazé era por todos na fazenda bem tratado; E por todos o menino era muito bajulado.
Os tempo passava e a felicidade era tanta que Joca nem percebia; Brazé aquele menino fraco nascido encravado na pobreza do sertão mais forte crescia.
E os anos passaram o Brazé já tinha força pra ajudar seu pai nos trabalhos braçais; Mais a sua paixão na fazenda era só para cuidar dos animais.
Tratava todos com carinho e muita dedicação; E já tinha o desejo de no futuro ser um grande peão.
Sair por comitivas e participar de festas de rodeio pelo brasil inteiro; Montar e touros e cavalos nas festas de peão de boiadeiro.
Seu João tinha Brazé como seu afilhado, e um amor como se aquele menino fosse seu; Quando Brazé fez doze anos um lindo presente seu João lhe deu.
Um lindo cavalo que além da beleza era muito inteligente e manso; Que sabia fazer um monte de truques e atendia pelo nome de remanso.
Remanso tinha mesmo este nome pois onde era solto ele sabia como voltar; Ele era como as ondas que vão para praia e voltam para o mar.
Brazé não se conteve de tanta felicidade e abraçou seu João assim como um filho abraça com amor o seu pai; E lhe disse não esquecer aquele carinho, e que seu amor por ele não morreria jamais.


Brazé o destino de um brasileiro. Quarta parte.



Brazé o destino de um brasileiro.
‘O Brasil do jeito que realmente é!"
Autoria: Marco Casagrande.
Quarta parte.

Três dias três noites e de ansiedade já não se aguentavam; E a vontade de seu Joca e Dona Nilha de entrar na casa que tanto sonharam.
Ao aproximar de terras ricas e férteis a alegria foi tanta; E seu João foi logo dizendo estas são terras de minha fazenda no qual o nome é Lagoa Santa.
Dei este nome pra minhas terras por ter uma lagoa enorme e abençoada; Mesmo nas maiores secas nunca a lagoa nos deixou faltar nada.
Aqui tudo que se planta dá e matamos a fome de centenas de pessoas por este sertão; Deus no deu esta terra rica e agua da lagoa e os frutos, nós doamos toda fartura de coração.
Agora se achegue em sua casa que está à esquerda da sede e vai ser sua nova morada; Em seu quarto tem cama pra vocês e um berço pra este pimpolho que já nasceu de alma marcada.
Tem mobílias por toda casa e no terreiro um galinheiro, no paiol milho e as traias de pescar; Como havia dito antes seu Joca aqui em minhas terras fome vocês não irão passar.